O projeto de extensão universitária Funcionalidade na UTI: Em busca do movimento e da vida é mais um empreendimento científico promovido pelo Curso de Fisioterapia do UNIPÊ – Centro Universitário de João Pessoa. O projeto funciona toda sexta-feira na UTI Geral do Hospital Municipal Santa Isabel de João Pessoa. O Projeto trata de um dos grandes males da internação de pacientes em UTI que é o imobilismo tal fenômeno contribui expressivamente para piora do quadro do paciente internado na unidade. no âmbito da reabilitação procuramos trabalhar diretamente com a funcionalidade, ou seja, relacionado as funções orgânicas as quais são afetadas diretamente pelo imobilismo. O imobilismo é decorrente de vários fatores dentre eles a própria doença incapacitantes, a sedação, e a contenção. A imobilização do paciente crítico tem como consequências o aumento do tempo de internamento, dos custos hospitalares, maior dependência nas atividades de vida diária (AVD’s), necessidade de apoio familiar e maior tempo de recuperação após a alta hospitalar. O Objetivo deste projeto é avaliar a eficácia de um protocolo de mobilização precoce no tempo de estadia na unidade de terapia intensiva (UTI), bem como analisar a força dos músculos respiratórios e a força muscular periférica nesses pacientes e promover uma melhora na qualidade em relação ao quesito de desempenho da equipe cuidadora através de um programa de relaxamento muscular. Justificativa a criação desta extensão porque os Pacientes críticos com maior tempo de internamento em UTI sob ventilação prolongada estão sujeitos a maior perda de massa muscular, com uma recuperação funcional mais demorada, em relação aos doentes com tempo de internamento mais curto. Vários fatores podem causar a fraqueza generalizada e contribuir para o prolongamento da internação do paciente crítico, o que o predispõe a maior risco de infecção hospitalar e outros agravos a sua saúde. Além disso, as várias situações que o paciente enfrenta na UTI, como o medo da morte, separação da família, o ambiente desconhecido e os procedimentos invasivos, colaboram para aumentar o estado de estresse, tensão e o tempo de internação hospitalar. O Público Alvo de Nosso projeto está voltado especialmente para o melhoramento das condições clinicas dos pacientes presentes, e também da equipe de cuidadora a qual sofre um grande desgaste no que se diz respeito a parte motora e psicológica, pois o ambiente da UTI requer uma atenção mais abrupta dos presentes usuários, promovendo um esgotamento mais acentuado da equipe. São muito os Benefícios a serem estabelecidos neste empreendimento prático e científico. A mobilização precoce é uma terapia que traz benefícios físicos, psicológicos e evita os riscos da hospitalização prolongada, reduzindo a incidência de complicações pulmonares, acelerando a recuperação e diminuindo a duração da ventilação mecânica(VM). Portanto, melhora a passagem do paciente no espaço da UTI; a prática de exercício terapêutico é considerado fundamental na maioria dos planos de assistência fisioterapêutica, com a finalidade de aprimorar a funcionalidade física e reduzir incapacidades. Inclui variedades de atividades, que previnem e tratam complicações como encurtamentos, fraquezas musculares, deformidades osteoarticulares, e reduzem a utilização dos recursos da assistência de saúde durante a hospitalização ou após uma cirurgia.
Contribuição
Social:
O foco principal é na qualidade de vida do usuário, assim, reduzindo o tempo de
internação (menos impactante), levando a uma diminuição dos fatores podem
causar a fraqueza generalizada e contribuir para o prolongamento da internação
do paciente crítico, minimização do risco de infecção hospitalar. Além disso, outras
situações que podem ser evitadas várias como o medo da morte, separação da família,
e os procedimentos invasivos, que colaboram para aumentar o estado de estresse
e da tensão. Outro ponto importante é a redução dos gastos do hospital, e o
melhoramento do humor e desempenho da função da equipe de cuidadora, pois o
tempo de cuidado com cada paciente será reduzido. As Perspectiva de Aprendizado: será de colocar em prática nosso conhecimento
adquirido, observar o feedback que o usuário e a equipe de cuidados nós irá
proporcionar e contribuir para uma passagem do paciente por esse local, sempre
utilizando com todos os recursos disponíveis e adaptando sempre que preciso,
para minimizar os efeitos da imobilidade aguda em UTI.
Fillipe
REPERCUSSÕES
NEGATIVAS DA IMOBILIDADE
A Síndrome do Imobilismo ocorre quando
o indivíduo fica muito tempo no leito. A situação começa a tomar dimensões
irreparáveis a partir do momento em que o período de repouso se torna um estado
de imobilidade, agravando-se para o estado de decúbito prolongado, no qual o
quadro clínico do paciente se torna irreversível, em algumas situações. As
repercussões do imobilismo afeta todos os sistema e contribui para que os
processos iatrogênicos surjam com impacto direto na qualidade de vida do
paciente internado em unidades de terapia intensiva:
*Sistema Nervoso:
- Redução da capacidade cognitiva, ou seja a alteração das conduções nervosas de estímulos, a passagem das informações e das ações tanto aferente quanto eferente do corpo.
- Delírio e desorientação
* Sistema
Musculo Esquelético:
- Redução da massa muscular, ou seja uma das manifestações mais evidentes da
imobilização como a fraqueza e a atrofia por desuso. Com a imobilização ocorre
1 a 2% perda da força muscular por dia, podendo atingir 40% nos longos períodos.
- Diferenciação de fibras do
tipo II;
- Redução da capacidade
mitocondrial;
*
Sistema Respiratório:
- Redução da capacidade funcional, evidencia-se redução de 25 a 50% do volume corrente,
do volume-minuto, da capacidade respiratória máxima, da capacidade vital e da
capacidade de reserva funcional, havendo ainda, redução da PaO2 e alterações na
relação V/Q.
- Redução da complacência pulmonar;
- Retenção de secreção pulmonar, as secreções da mucosa tendem a acumular e a tosse
pode ser ineficaz por causa da piora da mobilidade ciliar e da fraqueza dos
músculos abdominais.
- Atelectasia.
*Sistema
Cardiovascular:
- Risco de trombose, a falta do efeito bomba dos músculos da panturrilha predispõe a estase
venosa que associado a hipercoagulabilidade e lesões nas paredes dos vasos
formando a Tríade de Virchow facilitando a formação de trombose venosa profunda.
- Redução do débito cardíaco;
- Redução do volume sistólico;
- Aumento da frequência cardíaca;
* Composição
Corporal:
-Desmineralização Óssea;
- Perda Protéica;
- Redução da água e do sódio;
- Aumento da % de gordura corporal
Taciana
DECLÍNIO FUNCIONAL
Declínio funcional pode ser definido como a perda de
habilidades na realização das atividades de vida diária entre o período
pré-morbidade, classificado como estado funcional prévio ao internamento, e o
desempenho atual durante a estadia hospitalar, e até três meses após a alta.
Associa-se à redução do desempenho físico e cognitivo e é parcialmente
relacionado à doença, podendo ser resultado de fatores externos, ambientais,
físicos ou até mesmo culturais, durante sua hospitalização, principalmente no
ambiente de terapia intensiva, onde o individuo apresenta-se a maior parte do
tempo restrito ao leito. Recentes estudos demonstraram que na primeira semana após a alta da UTI, os
pacientes apresentam limitações na realização de atividades de vida diária,
principalmente naqueles que foram submetidos a ventilação mecânica durante a
internação.
Devido ao longo tempo
de internação, é necessário a intervenção de um fisioterapeuta para que assim,
minimize estas perdas funcionais e preserve a capacidade de realização de
atividades por parte do indivíduo, visando proporciona-los uma melhor qualidade de vida.
Controlar o declínio funcional ira aumentar as chances de
manter as habilidades que possibilitam a independência e reduzir a letalidade
em pacientes de risco aumentado para esse evento. Pacientes idosos são
pacientes de risco que podem perder suas habilidades de executar atividades
motoras simples, piora da qualidade de vida e maiores custos.
Chiara Svendsen
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